por Clarissa Patrício
“Os
Belos e Malditos” é o segundo romance de F. Scott Fitzgerald, autor de obras
consagradas como “O Grande Gatsby” e “Suave é a Noite”. De cunho
autobiográfico, Fitzgerald procurou retratar de forma fiel a crise pela qual
seu casamento passava e a realidade em que acabou vivendo durante esse tempo,
em especial a decadência psicológica de sua esposa Inicialmente a narrativa
cria um ligeiro desânimo no leitor. Porém, a partir da metade, o rumo da
história se torna enérgico. É impossível não se sentir conectado aos
protagonistas, Anthony e Gloria. Um casal feliz à vista de todos, porém que
passa por angústias e desentendimentos de profundo cunho emocional – cada um
tem problemas diferentes, mas que andam juntos, causando sofrimento mútuo.
Esta
história é, afinal, o retrato dos bastidores de boa parte dos casais bem
apessoados que conhecemos. É a dura realidade da propensa aristocracia, tão
desprezível e digna de pena, mas que ainda encontra forças para continuar
erguida numa sociedade de costumes e crenças deploráveis, e que mesmo
reconhecendo tais defeitos, recusa-se a evoluir. É a queda do “American Dream”.
Não precisamos ir longe para encontrar casais, e mesmo pessoas solteiras, como
as que foram descritas nesse livro. Talvez uma longa avaliação interior também
possa lhe revelar uma ou outra semelhança a eles... Fitzgerald e sua incrível
maneira de fazer um raio-x de nós, meros mortais. Brilhante.
Sobre o autor: Francis
Scott Fitzgerald (24 de setembro de 1896, Saint Paul, Minnesota - 21 de
dezembro de 1940, Hollywood) foi um escritor americano. Fitzgerald é
considerado um dos maiores escritores americanos do século XX. Suas histórias,
reunidas sob o título Contos da Era do Jazz, refletiam o estado de espírito da
época. Foi um dos escritores da chamada "geração perdida" da
literatura americana.
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