por Aiandra Faria
Autodidata,
desde menino John sonhava em ser bailarino e viajar pelo mundo. John realizou
uma apresentação inovadora de A morte do cisne, que foi ao ar no programa Se
ela dança, eu danço, do SBT, no fim de fevereiro, e que virou hit no YouTube.
O
solo A morte do cisne criado em 1905 pelo russo Mikhail Fokine e a música de
Camille Saint-Saens retratam o último vôo de um cisne, antes de ele morrer. Na
versão original, a bailarina, com figurino impecavelmente branco e na ponta dos
pés, interpreta toda a agonia da ave se debatendo até desfalecer. No fim do ano
passado, um rapaz de 20 anos, morador do bairro de São Mateus, na Zona Leste de
São Paulo, elaborou um novo jeito de dançar a coreografia imortalizada pela
bailarina Anna Pavlova. No lugar de um colã e das sapatilhas; calça jeans,
camiseta e tênis. Em vez de balé, street dance.
Esta
foi uma ótima maneira de mostrar que a arte não é representada pela classe
social, e menos ainda pelas roupas ou estilo. A arte é simplesmente a
manifestação do seu íntimo.
Muitos
artistas que hoje são mundialmente conhecidos sofreram preconceito, como Van
Gogh tiveram dificuldades ao tentar inserir seus trabalhos em meio a trabalhos
conhecidos e tradicionais. O simples fato de ter que lidar com o novo e com o
que não é esperado nada significa.
Neste
caso a dança serviu como uma plataforma de inclusão social, e reconhecimento do
trabalho. Além de um exemplo de que os olhares para a arte devem estar atentos
e o coração e a alma de portas abertas, o preconceito não deve reger. Foi como
disse a especialistas de dança clássica e contemporânea, Lívia Frazão, “É
emocionante porque mostra a visão dele sobre A morte do cisne. Com a mesma
música, a mesma temática, ele criou algo inovador. Prova mais do que nunca que
a dança tem esse papel de inclusão social”.
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