quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Rádio Difusora e Módulo comandam a audiência em Patrocínio




Duas emissoras de rádios se destacam em Patrocínio-MG 

Por Filipe Ferreira 

O rádio tem uma enorme importância para a cidade. Duas emissoras se destacam na cidade: a Difusora e a Módulo. Elas contribuem com o desenvolvimento local através da prestação de serviços públicos. Levam informação à população e também organizam eventos como shows e palestras, além da promoção de campanhas sociais. 

A Difusora tem dois canais: a AM, que surgiu em 1949, e a FM, que foi criada em 1985. A proposta da empresa sempre foi investir em parcerias. Tanto que desde os anos 90, filiou-se à Rede Itatiaia, de Belo Horizonte, parceria que se mantém até hoje. A empresa passou, em 2011, por uma modernização estrutural. 

A Módulo, com o seu canal de FM, está no ar desde 1995. Instalou-se na cidade por acreditar na região como uma fonte próspera de negócios. A empresa se consolidou no mercado com equipamentos e programação de qualidade. 


                                  “Das Gerais” para o mundo

 Por Wagner  Honorato

A rádio Gerais FM (97,9) de Coromandel, em Minas Gerais foi inaugurada em 12 de outubro de 1993. Diante de várias conversas, o jornalista Álvaro Pereira e o médico Marcelo Machado notaram a falta de um veículo expressivo na cidade e resolveram abrir uma emissora FM.
 O objetivo da emissora é levar informação, entretenimento aos ouvintes, sempre valorizando a cultura local e regional. Com seus quase 20 anos em Coromandel, a Rádio Gerais FM promove vários projetos sociais, um deles é a “Coró-fest”. Esse evento em comemoração ao aniversário da emissora, conta com shows de diversos artistas na Praça Abel Ferreira, em parceria com clubes de serviços que exploram os bares durante o evento. Também na ocasião, a emissora faz a Campanha de arrecadação de alimentos que são arrecadados e doados para entidades beneficentes da cidade, assim, beneficiando várias famílias que enfrentam dificuldades.
Os primeiros locutores da emissora foram José Carlos, Carlos Martins, Silvânia Oliveira, Fabiano Faria e Juninho Moreno. Desses, dois continuam trabalhando atualmente, Carlos Martins como locutor e Silvânia Oliveira como repórter.
Kátia Pimentel, locutora da emissora ressalta que para entrar para essa área fez um teste. “Me chamaram pra estagiar, fiquei alguns meses, até sair uma vaga. Foi assim que comecei. Meio que por acaso (risos)”, conta. Pimentel comenta ainda que hoje percebe que é uma área um pouco carente de profissionais. “É raro aparecer alguém que tenha interesse em aprender esta profissão”, afirma.
Segundo o diretor comercial da emissora, Geraldo Magela, o papel social da Gerais é acima de tudo levar, de forma ágil, a informação aos ouvintes, seja notícias, comunicados de interesse público e entrevistas que possam sanar dúvidas sobre assuntos relacionados à comunidade, região, estado e país.
A programação da emissora está diretamente voltada aos ouvintes. Com interação e participação efetiva na maioria da programação. Essa interação é realizada através de pedidos por telefone, redes sociais e pesquisas realizadas periodicamente.
A empresa de comunicação conta atualmente com vários profissionais, Maria Efigênia Rodrigues Machado (gerente geral), Gilmar César (diretor administrativo financeiro), Paulo César Amaral (diretor artístico), Silvânia Oliveira (departamento de jornalismo), Tânia Souto (departamento de programação comercial), Gilberto Vasconcelos (responsável técnico) e Kátia Pimentel, Carlos Martins, Costa Neto e Eduardo Oliveira (locutores).
O departamento comercial da rádio Gerais FM é terceirizado para a empresa GEMA Publicidade e Promoções, com a direção de Geraldo Magela. Na área de contatos publicitários, além dos locutores, trabalham Reilnildes Ramos, em Coromandel e Elba Maria, em Monte Carmelo.
A emissora está se adequando cada vez mais às evoluções do mundo tecnológico, afirma Geraldo Magela, diretor comercial da empresa. “Estamos sempre atentos às novidades tecnológicas que visem melhor qualidade do nosso ‘produto’ e também no atendimento aos nossos clientes na área comercial. Adquirimos modernos aparelhos para transmissão digital e em breve contaremos com novos transmissores de potência três vezes superiores ao atual”, conta.
“Quando comecei no rádio há mais de 10 anos, as coisas eram muito diferentes, principalmente quando se fala em tecnologia. Hoje a tecnologia, os novos programas facilitaram muito nosso trabalho, tudo ficou mais prático, dinâmico, na verdade, muito mais fácil para se trabalhar. Não só aqui, mas de um modo geral tudo evoluiu, e o bom de tudo isso é que trouxe mais recursos para todas as áreas e não só para o rádio” afirma a locutora Kátia Pimentel.
A Gerais FM está 24 horas no ar. Durante os programas, a emissora possui boletins informativos e o Repórter 97 que entra a cada hora no ar, levando informações para Coromandel e toda região de sua abrangência.
O diretor comercial ressalta ainda a postura da emissora em relação aos novos profissionais que estão formando na área de comunicação social em nossa região. “Entendemos ser de suma importância a qualificação de profissionais que com seus conhecimentos contribuirão para o crescimento da radiofonia regional”, finaliza Geraldo Magela. 97,9 FM, “das Gerais” para o mundo.

NTV: O Canal do Patense

       Em 19 de maio de 1993 entrava no ar a NTV. Com uma programação mais voltada para o jornalismo, dividia o canal oito com a programação da TV Cultura de São Paulo.

      As expressivas mudanças ao longo desses 20 anos de trajetória mostram que os resultados foram tão bons que exigiam uma ampliação da programação e estrutura. Atualmente mais de 20 programas são exibidos e os equipamentos também se adaptaram a modernidade.

      Patos de Minas, Guimarânia, Cruzeiro da Fortaleza, Carmo do Paranaíba, Lagoa Formosa, Presidente Olegário, Lagamar, Coromandel, Serra do Salitre, Rio Paranaíba, Lagoa Grande e Varjão de Minas são as 12 cidades que recebem a programação diária da NTV. Com destaque no telejornalismo o canal se preocupa em promover a interação com seus telespectadores e atender as necessidades populares.

     As manifestações mais importantes da comunidade regional, como a Festa Nacional do Milho, o carnaval de rua, as olimpíadas estudantis, as celebrações da semana santa e os vestibulares, entre outras, são cobertas por meio de transmissões ao vivo.

    Com a direção de Oscar Santos de Faria e direção de sua esposa, a jornalista Ludmila Bahia, a NTV possui uma equipe de mais de 40 profissionais atuando nos mais diversos setores.
 

         
Ludmila Bahia também é apresentadora do Programa de entretenimento Espaço Feminino, transmitido pela NTV. O Espaço Feminino é dedicado exclusivamente à mulher. Entrevistas, debates e esclarecimentos sobre beleza, estética e moda, entre outros temas, despertam o interesse da mulher de Patos de Minas e região.
                         
 

Além dos horários destinados a informação de Patos de Minas, através dos jornais NTV News, 30 Minutos, o canal também abre espaço para noticias das cidades de Lagoa Formosa e Coromandel em jornais exclusivos: Lagoa Formosa Acontece e Coromandel Noticias.

Todas as quintas-feiras é o dia do programa Entrevista. O intuito é dar oportunidade para os telespectadores fazerem contato e se informarem sobre os mais diversos assuntos, especialmente o comércio, a indústria e a agricultura. Um profissional é entrevistado falando do seu segmento e o telespectador participa pelo telefone.

   
 
Dois editores são responsáveis pela edição de todas as matérias jornalísticas. Luís Felipe Simbera, que trabalha nessa função há quatro anos, mencionou a evolução tecnológica da  emissora. Para ele, os novos aparelhos e programas de edição estão em constante evolução e vem facilitando o trabalho dos editores.
        
 Mais uma aliada na comunicação da NTV: a rádio Nossa FM

     Para complementar ainda mais a comunicação promovida pela televisão, Oscar Faria e o filho Rodrigo Faria inaugurava no ano de 2001 a rádio Nossa FM. Transmitida pela frequência 105.9, a rádio está entre as mais ouvidas da região.


    Quando fundada era marcada por uma programação diversificada e um estilo musical eclético. Uma reestruturação realizada em 2010 definiu a rádio como 100% sertaneja. O veículo também promove a interação dos ouvintes através de sorteios e participações.

     A Festa Nacional do Milho tem grande destaque na Nossa FM. Através da rádio, fãs de toda região tem a chance de ficar lado a lado com seu ídolo. Em todos esses anos de história, ficou marcada pelas promoções envolvendo artistas de todo o Brasil. Entre eles se destacam Skank, Banda Eva, Fábio Junior, João Bosco e Vinícius, Vitor e Léo, Luan Santana, Cesar Menotti e Fabiano, Paralamas do Sucesso e Claudia Leitte.

   Campanhas sociais também são destaque da Nossa FM, que contribuem para arrecadar fundos e doações destinadas a instituições carentes.

   Em todos esses anos de história a rádio evoluiu muito, principalmente no que se diz respeito à tecnologia.  Para o diretor artístico Silvio Nascentes, que também já exerceu as funções de produtor comercial e programador musical, as principais mudanças foram  em relação a produção comercial.  Antes era feita através de fitas manual. Os cortes, as produções demandavam muito tempo.  Hoje, tudo é feito através do computador usando os programas Sound Force e Vegas. Há alguns anos atrás eles ainda usavam o disco vinil e hoje a parte musical e feita através dos divulgadores (agencia especializada em distribuir musicas para as rádios e TV) ou através da internet, pelo site Fórum, especializado em musicas. As musicas são todas baixadas  em mp3.
 
   
           A NTV e a Nossa FM sempre em parceria assumem com muita responsabilidade o papel de informar os telespectadores e ouvintes, transformando a televisão e a rádio em canais a serviço da comunidade.

TV INTEGRAÇÃO





TV INTEGRAÇÃO, A PRIMEIRA AFILIADA DA REDE GLOBO NO BRASIL MAIS FORTE QUE NUNCA


                                                                                              Por: Gessika Mendes

A TV Integração é a primeira afiliada Rede Globo no Brasil, com sede em Uberlândia. Está há 48 anos em Minas Gerais levando programação de qualidade, educação, esporte, lazer, saúde e entretenimento para 233 cidades do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Centro-Oeste de Minas, Zona da Mata, Zona das Vertentes e Serra da Mantiqueira. A TV Integração é a líder de audiência entre as demais empresas de Comunicação.


A TV tem história no Brasil e seus primórdios marcam uma vida inteira. “A TV Triângulo como foi fundada e iniciando suas transmissões em 1964, desde então marcou a vida e o cotidiano das pessoas em sua área de cobertura, como citei acima dois programas que são referências para mim. Em 1970 a TV Triângulo transmitiu o Jornal Nacional e em 1971 se tornou afiliada da Rede Globo, até então a TV Triângulo transmitia diversos conteúdos não sendo necessariamente produzidos pela TV Globo. O Jornal Hoje em 1980 tinha uma edição local que se tornou hoje o MGTV 1ª Edição. Como a TV é um meio de informação pública ressalvo a importância dos telejornais que exibem os principais acontecimentos do mundo e do País com suas respectivas cidades e regiões. A grade de programação Globo/TV Integração (antiga TV Triângulo) é tão envolvente e cativante que ao longo destes 48 anos a liderança de audiência se mantém. “ Comenta Bernardo Tadeu, Analista da TV INTEGRAÇÃO.


A história de Bernardo Tadeu com a TV INTEGRAÇÃO começou em 2010 e segundo ele, vai longe. ‘O mercado de TV aberta é incrível, trabalhar com um meio que é a preferência do País e estando em praticamente 99% dos lares além de ser um hábito de lazer de o brasileiro assistir a TV é fantástico. As possibilidades, os dados de audiência e a disputa entre os anunciantes são estimulantes para sempre estarmos pensando em novas estratégias, ações, inovações, estudos, isso vira uma corrente de infinitas combinações e desafios. Hoje após estar no meio e podendo dizer que “atrás dos bastidores”, assisto a TV de outra forma, mas isso não me atrapalha, ainda dou bastante risada e me empolgo com conteúdos interessantes, mas de forma comercial passei a entender mais a movimentação dos anunciantes. É um mercado promissor e que nunca acabará a TV sempre estará na vida e no cotidiano das pessoas, o consumo da TV está mudando e não sabemos de fato como ele será ainda, mas uma coisa é certa, cada vez mais a TV será o centro das atenções dos lares dos brasileiros, e eu quero poder ver estas transformações. ‘, diz Bernardo.




Liberdade FM


                   Radio Liberdade FM e sua história

                                                                           Por Maria Isabel

Em 1998, ao retornar de viagem feita a São Paulo, Padre Augusto apresenta um equipamento de Rádio Transmissor adquirido com a intenção de criar e Instalar em Vazante uma Rádio Comunitária. Ao participar de uma reunião na ANCARC, Associação Nocional Católica de Rádios Comunitárias e sendo instruído que o Ministério das Comunicações não estaria mais impedindo o funcionamento das emissoras classificadas como comunitária mesmo sem a devida autorização, coloca imediatamente no ar a Liberdade FM comunitária.
Durante um período de dois anos a rádio funcionaria tocando músicas e transmitindo Missas e eventos religiosos de diversos locais onde estivessem acontecendo-os, sendo que para isso todo o equipamento, era levado para o local, da transmissão até mesmo a antena que era montada em uma simples haste de madeira.
Nesse período a Liberdade FM funcionava com voluntários, que dedicavam em parte de seu tempo para realizar as programações. No mês de abril de 2000, ao fiscais da Anatel, que lacraram nosso equipamento impedindo assim o funcionamento da emissora .
Em seguida Padre. Augusto resolveu entrar com a documentação e legalizar a situação, junto ao Ministério das Comunicações. Depois de dois anos foi concedida a licença de funcionamento.
A Primeira diretoria assim formada;
José Corrêa Presidente,
Vice Presidente José Vitor.
1° Tesoureiro, Nardim Cândido de Lelés,
 2° Tesoureiro, Severino  Mendes da Cruz, 
1ª Secretária Ângela Pereira dos Santos
2ª Secretária, Terezinha Maria Barbosa,
Diretor de Patrimônio;
Juarez Carvalho de Araújo
  Diretor Cultural  Maria Lúcia da Silva.
Nesse período a  Liberdade FM funcionou realmente exercendo o papel de Rádio Comunitária, destacando conforme a lei, o funcionamento com vários voluntários, e apresentando quadros e programas como: esporte, reportagem, transmissão de eventos e missas. Os primeiros funcionários foram:
 Vinícius Mariano,
Eliana Cândida,
Luciana Carlles,
Rita de Cássia
Estefânia Camila.
Permanecem ainda na Emissora:
 Luciana Carlles e José Corrêa, os outros alguns foram substituídos. Essa equipe, conforme reza no estatuto da Liberdade FM, coordenou a mesmo pelo período de dois anos, realizando no final do período a eleição através de voto dos apoiadores e do Clube dos ouvintes, elegendo a nova equipe para comandar a emissora. Assim eleitos e empossados como presidente o Sr. Nardim Cândido de Leles e José Corrêa passou a ser o segundo tesoureiro. Sob o comando da segunda diretoria a Emissora ficou de 2004 até o início de 2009 quando elege-se nova diretoria, formada pela seguinte equipe:

Diretor presidente: Afonso Tolentino
 – Vice, Célio Franco.
Tesoureiro: Rosemary,
Vice Hamilton.
 1° Secretário do Carmo,
2° Secretário, Jane Custódio.
Diretores de Patrimônio:
Jair Primo
Silvânio.
Conselho Fiscal:
Paulo Roberto
Elaine
Carlos Henrique
José Corrêa,
Dionísio Custódio
 Alcirene.
Em 2012 a emissora completa 11  anos de atividades; comunicando e levando a população Vazantina, um trabalho sério e cheio de possibilidades de crescimentos e melhorias. A família Liberdade FM hoje composta pela nova diretoria.

FONTE:  Locutor José Corrêa Neto 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Arte x Preconceito

por Aiandra Faria

Autodidata, desde menino John sonhava em ser bailarino e viajar pelo mundo. John realizou uma apresentação inovadora de A morte do cisne, que foi ao ar no programa Se ela dança, eu danço, do SBT, no fim de fevereiro, e que virou hit no YouTube.

O solo A morte do cisne criado em 1905 pelo russo Mikhail Fokine e a música de Camille Saint-Saens retratam o último vôo de um cisne, antes de ele morrer. Na versão original, a bailarina, com figurino impecavelmente branco e na ponta dos pés, interpreta toda a agonia da ave se debatendo até desfalecer. No fim do ano passado, um rapaz de 20 anos, morador do bairro de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, elaborou um novo jeito de dançar a coreografia imortalizada pela bailarina Anna Pavlova. No lugar de um colã e das sapatilhas; calça jeans, camiseta e tênis. Em vez de balé, street dance.

Esta foi uma ótima maneira de mostrar que a arte não é representada pela classe social, e menos ainda pelas roupas ou estilo. A arte é simplesmente a manifestação do seu íntimo.

Muitos artistas que hoje são mundialmente conhecidos sofreram preconceito, como Van Gogh tiveram dificuldades ao tentar inserir seus trabalhos em meio a trabalhos conhecidos e tradicionais. O simples fato de ter que lidar com o novo e com o que não é esperado nada significa.

Neste caso a dança serviu como uma plataforma de inclusão social, e reconhecimento do trabalho. Além de um exemplo de que os olhares para a arte devem estar atentos e o coração e a alma de portas abertas, o preconceito não deve reger. Foi como disse a especialistas de dança clássica e contemporânea, Lívia Frazão, “É emocionante porque mostra a visão dele sobre A morte do cisne. Com a mesma música, a mesma temática, ele criou algo inovador. Prova mais do que nunca que a dança tem esse papel de inclusão social”.

A tradição e louvor

por Aiandra Faria

A devoção a São Benedito, Santa Efigênia e a Santa do Rosário, levam vários ternos de congado, moçambique, catupés, cateretês e vilão as Igrejas.

Essa é uma tradição africana que foi trazida para o Brasil pelos escravos e há anos o costume vem sendo passado de geração para geração.

Os ternos de congado e moçambique são marcados pelas roupas coloridas, pela música e pela dança. Caixas, pandeiros e reco-recos dão um ritmo único que é acompanhado com precisão pelos dançarinos.

CONFIRA A MATÉRIA.


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O som da viola emocionará Patos de Minas

por Camila Gonçalves

Com mais de 30 anos de carreira e dez discos solos gravados, Sater hoje é considerado uma das grandes vozes que ajudaram a moldar os alicerces do folk brasileiro. Dono de uma voz mansa que inspira uma emoção inigualável em quem a ouve, o artista tornou-se um dos responsáveis pelo resgate da viola de dez cordas ao acrescentar um toque mais sofisticado ao instrumento. As suas influências vão de Al Jarreau e The Beatles às canções mineiras, andinas e caipiras/sertanejas tradicionais.


Ao longo da sua carreira, Sater estabeleceu duas grandes parcerias responsáveis pela criação de algumas das maiores pérolas do cancioneiro popular brasileiros com os também músicos Renato Teixeira e Sérgio Reis. O seu último CD, 7 Sinais (2006), apresenta um repertório eclético e inovador e conta com as participações especiais dos sanfoneiros Dominguinhos e Luiz Carlos Borges.


Se você ficou animado para assistir a esse grande show é melhor se apressar, pois só resta mais um lote de mesas para quatro pessoas. Os setores A (azul e amarelo) e B (amarelo) já estão completamente lotados, só restando o B (vermelho) por R$280,00 a mesa. Os interessados ainda podem adquirir ingressos para a pista (R$20,00 a meia e R$40,00 a inteira) e para o camarote open bar (R$60,00). Lembrando que as vendas estão sendo realizadas no Bob’s, no Markas & Markas e na Chilli Beans. Para mais informações, basta acessar o site do evento ou da empresa promotora do show.

Malditamente belo!

por Clarissa Patrício


“Os Belos e Malditos” é o segundo romance de F. Scott Fitzgerald, autor de obras consagradas como “O Grande Gatsby” e “Suave é a Noite”. De cunho autobiográfico, Fitzgerald procurou retratar de forma fiel a crise pela qual seu casamento passava e a realidade em que acabou vivendo durante esse tempo, em especial a decadência psicológica de sua esposa Inicialmente a narrativa cria um ligeiro desânimo no leitor. Porém, a partir da metade, o rumo da história se torna enérgico. É impossível não se sentir conectado aos protagonistas, Anthony e Gloria. Um casal feliz à vista de todos, porém que passa por angústias e desentendimentos de profundo cunho emocional – cada um tem problemas diferentes, mas que andam juntos, causando sofrimento mútuo.


Esta história é, afinal, o retrato dos bastidores de boa parte dos casais bem apessoados que conhecemos. É a dura realidade da propensa aristocracia, tão desprezível e digna de pena, mas que ainda encontra forças para continuar erguida numa sociedade de costumes e crenças deploráveis, e que mesmo reconhecendo tais defeitos, recusa-se a evoluir. É a queda do “American Dream”. Não precisamos ir longe para encontrar casais, e mesmo pessoas solteiras, como as que foram descritas nesse livro. Talvez uma longa avaliação interior também possa lhe revelar uma ou outra semelhança a eles... Fitzgerald e sua incrível maneira de fazer um raio-x de nós, meros mortais. Brilhante.


Sobre o autor: Francis Scott Fitzgerald (24 de setembro de 1896, Saint Paul, Minnesota - 21 de dezembro de 1940, Hollywood) foi um escritor americano. Fitzgerald é considerado um dos maiores escritores americanos do século XX. Suas histórias, reunidas sob o título Contos da Era do Jazz, refletiam o estado de espírito da época. Foi um dos escritores da chamada "geração perdida" da literatura americana.


Saiba mais:

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As cores do Palhaço Pangaré

por Débora Viana

O Palhaço é apenas o segundo filme de Selton Mello como diretor, mas já pode ser considerado como a demonstração da personalidade característica de um dos artistas mais completos do cinema nacional. Lançado em outubro, o longa que já levou mais de um milhão de brasileiros ao cinema, concorre na categoria de melhor produção estrangeira da 85ª edição do prêmio organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográfidas de Hollywood (Oscar), que será entregue em 24 de fevereiro de 2013.



O filme foi um desafio para Selton, pois o artista teve que se dividir entre o personagem e a direção da obra, além do roteiro que também é assinado por ele.  Ao seu lado, nomes como Paulo José, Larissa Manoela e Teuda Bara inundam as telas dos espectadores de pura arte, delicadeza e sensibilidade.

"O palhaço" também conta com participações extraordinárias de três artistas presentes na memória afetiva do diretor: Ferrugem, Jorge Loredo e Moacyr Fraco, este último premiado como melhor ator coadjuvate no Festval de Cinema de Paulínia este ano — o filme também foi eleito melhor direção, roteiro e figurino.



O enredo do longa-metragem está baseado em descrever a vida e a turnê dos palhaços Benjamin (Selton Mello) e Valdemar (Paulo José) ou, quando estão no picadeiro, Pangaré e Puro-Sangue, que percorrem boa parte de Minas Gerais. O filme tem um quê de relação entre pai e filho, sendo permeado pela sensibilidade – principalmente na composição e nas atitudes do personagem Benjamin.

Trilha e efeitos sonoros, movimentos de câmera, textura das cores e fotografia, direção de arte e figurinos, enfim, todos os aspectos técnicos do filme são primorosamente executados e amplificam os sentimentos conflituosos de Benjamim no processo de caracterização de um universo tão particular que é o dos palhaços, composto, ao mesmo tempo, de alegria e tristeza, felicidade e melancolia.



O que nos comove ao ver o filme não é a pobreza da vida dos atores circenses – por mais que ela apareça na carência de coisas simples como um ventilador, ou um sutiã – e sim como, apesar das adversidades da vida da estrada, eles compartilham de momentos bons e ruins como uma família.

O roteiro apresenta cenas e diálogos inteligentemente construídos e muito bem realizados. Comédia com elementos de drama ou drama com elementos de comédia? A junção destes gêneros aparentemente opostos enriquece esta verdadeira pérola do cinema nacional. Imperdível.

Assista ao trailer oficial do filme:



Veja mais informações sobre o filme:
http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/o-palhaco-2011/id/16680

Cultivar o que é importante está no nome!

por Géssika Vieira

Cultura significa cultivar, e vem do latim colere. Genericamente a cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade como membro dela que é. A principal característica da cultura é o mecanismo adaptativo que é a capacidade, que os indivíduos tem de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais até que possivelmente uma evolução biológica. A cultura é também um mecanismo cumulativo porque as modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, aonde vai se transformando perdendo e incorporando outros aspectos  procurando assim melhorar a vivência das novas gerações.

A cultura em nossa região existe, mas infelizmente não é tão aflorada como gostaríamos que fosse. Devido e tantas falhas vivemos em um mundo que carrega índices tristes. A advogada militante nas áreas cível e trabalhista, há 08 anos na Comarca de Patos de Minas e Região, Kátia Mendes de Andrade, nos fala sobre o assunto.

VC: Como advogada, você acompanha índices cruéis sobre assuntos delicados. Você acredita que se movimentos e atividades culturais fossem inseridas no dia a dia das pessoas, esses números poderiam ser revertidos?
KM: Sem dúvidas. São raros os casos de pessoas que, uma vez inseridas, definitivamente, em movimentos e atividades culturais, tomam o rumo da criminalidade, por exemplo. Entendo, inclusive, que projetos sócio-culturais devem fazer parte de uma política preventiva de combate ao crime e ao uso de drogas. Entretanto, nós sabemos que cultura, num sentido amplo, normalmente, só chega até as comunidades carentes por meio da sociedade civil, através de ONG’s, como é o exemplo do AfroReggae no Rio de Janeiro ou pela Cooperifa, encabeçada, dignamente, pelo poeta Sérgio Vaz, em São Paulo. Infelizmente, uma obrigação que seria do Estado, ante a inércia deste, acaba ficando nas mãos do cidadão comum. Isso quando existem cidadãos que se propõem a tal iniciativa. Particularmente, em Patos de Minas, desconheço qualquer projeto sócio cultural, seja do governo municipal ou de ONG’s, que tenham como público alvo as áreas mais carentes da cidade. Uma vez ou outra, ficamos sabendo de eventos isolados nessas comunidades, mas nada em termos de ações duradouras, o que é lamentável. 

VC: Vivemos numa sociedade que infelizmente não sabe definir o que é melhor pra ela própria, na maioria das vezes, isso tem a ver com uma identidade cultural falha?
KM: De certa forma, sim. Como disse em pergunta anterior, cultura agrega uma série de coisas. E, infelizmente, temos a mania valorizar culturas e costumes que não são nossos. E isso inclui também os nossos artistas, sejam eles regionais ou nacionais. Por exemplo, certa vez, perguntei a um promotor de eventos da cidade porque não contratam um show do Milton Nascimento. Obtive, como resposta, que em Patos de Minas não existe público para show de um dos melhores e mais conceituados cantores da MPB, dentro do Brasil e no exterior. Obviamente, fiquei irresignada, pois acredito que há público, em nossa cidade, para um artista do nível do Milton Nascimento, o expoente mineiro na música brasileira. Em contrapartida, se trouxerem uma banda de axé, por exemplo, o sucesso de público é garantido. Nada contra quem goste de Axé Music, mas, não é “nosso”. “Geração Coca Cola”, da Legião Urbana, fala sobre isso. Desde a década de 60 e com acentuação significativa a partir da década de 80, através da mídia, que nos trata como “robôs”, a sociedade se acostumou a “modismos”. A princípio, foram os “enlatados” americanos e, atualmente, é qualquer coisa que tenha se tornado “meme” na internet. Nesse sentido, da mesma forma que essa diversidade cultural é democrática, também pode ser nociva se não preservarmos a cultura local. 

VC: Como a cultura deveria ser inserida nas cidades, na sua opinião?
KM: A inserção de cultura, na sociedade, de uma forma geral, deve ter como ponto inicial, projetos sócio-educativos permanentes. Cultura é um hábito que desde cedo deve ser incentivado. Se os municípios não conseguem implantar projetos permanentes em cada bairro, que tal incumbência seja das escolas. Com todo orgulho do mundo, digo que fui aluna do Colégio Tiradentes – PMMG, da 5ª série ao último ano do ensino médio. Coincidentemente, sábado estive no Colégio, a convite de um amigo, na festividade de encerramento do 25º Projeto Cultural (na minha época era “Semana Cultural”). Mas, enfim, há 25 anos o Colégio Tiradentes, desta cidade, para a realização do Projeto em comento, estimula, durante todo o ano, que os alunos se interessem por música, teatro, dança, literatura ou trabalhos manuais, como pintura e artesanato. Portanto, para quem estuda ou estudou naquela escola, a “sede” por cultura é um hábito inserido em sua formação. Nesse sentido, se cada instituição de ensino seguisse tal exemplo, teríamos um número bem maior de pessoas interessadas por cultura e, via de conseqüência, os governos, de todas as esferas, seriam pressionados a dar mais incentivo e também criar mais eventos sócio-culturais. 

VC: Você acredita que a cultura pode transformar uma sociedade?
KM: Claro. Como afirmei anteriormente, quanto mais cultura, maior a capacidade de discernimento, de argumentação do indivíduo. Logo, se temos uma população ávida por cultura, teremos, por motivos óbvios, uma população mais questionadora e mais exigente, consciente sobre seus direitos e deveres. E uma população “pensante” resulta, indiscutivelmente, em governos mais eficientes. Educação e cultura são os caminhos. Não há outros.

Sérgio Cunha comemora 25 anos de carreira

por Aiandra Faria

O Barítono Sérgio Cunha está comemorando seus 25 anos de carreira, mas o presente é da população patense. Sérgio comemora a data especial com três concertos comemorativos BRAVO! com a participação do Coral Vozes, além do Vozes Juvenil, Grupo Cantares e convidados.


Barítono Sérgio Cunha.

A primeira apresentação aconteceu no dia 21 de outubro, a segunda no dia 18 de novembro e a terceira e última será no dia 02 de dezembro na Catedral de Santo Antônio a partir das 19h30min. A entrada é franca e toda a população pode prestigiar e se deliciar com as bodas de prata de carreira do Barítono Sérgio Cunha.


Concerto Comemorativo 25 anos de carreira

Conheça o trabalho do Barítono Sérgio Cunha:

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Livro + Filme: Shopgirl

por Clarissa Patrício

Shopgirl é um livro escrito pelo ator Steve Martin em 2000, e que no Brasil recebeu o título A Balconista. A personagem principal deste livro é Mirabelle Buttersfield, uma jovem de 27 anos bastante solitária e depressiva, que se mudou de Vermont para Beverly Hills para tentar mudar um pouco seu ritmo de vida. Porém, ela acaba parando atrás do balcão de uma loja de departamento vendendo luvas que praticamente ninguém quer comprar. Nesse meio tempo ela acaba se relacionando com dois homens: Ray Porter, rico, mais velho e bem-sucedido, e Jeremy, um jovem atrapalhado sem nenhum futuro aparente.
 
 
Enquanto Ray Porter acolhe a carente Mirabelle, ela se afasta aos poucos de Jeremy, com quem não deseja nenhuma relação mais aprofundada. No entanto, Ray também demonstra a vontade de ter uma relação consideravelmente flexível, contrariando as expectativas da moça, cujos conflitos internos aumentam a cada dia. Mirabelle passa a precisar mais do que nunca de um pontapé em sua rotina medíocre, e aos poucos percebe que isso depende unicamente dela.
 
 
Para um ator conhecido principalmente por fazer filmes de comédia, Steve Martin me surpreendeu consideravelmente com este livro, que é de uma sensibilidade tremenda e se tornou um dos meus favoritos com uma única leitura. Me identifiquei totalmente com a Mirabelle: não, não sou solitária, nem depressiva e nem triste. Mas não são só essas características que definem a personagem. Ela também tem uma força de vontade enorme escondida dentro dela, e é admirável a maneira com a qual ela liberta esse sentimento. Mirabelle representa muito bem o fato de que as melhores escolhas são as que mais temos medo de fazer. Sua  história é despretenciosa, mas ainda assim envolvente. A mensagem é tirada após a leitura, em nenhum momento o autor nos induz a concluirmos alguma coisa, e esse foi um detalhe que achei bem importante. Espero que Steve Martin escreva muitas outras histórias belíssimas como essa, de verdade.
 
 
 
Para minha imensa felicidade, minha atriz favorita, Claire Danes, interpretou Mirabelle Buttersfield no cinema, em 2005. O filme recebeu o título Garota da Vitrine em português, e conta com a interpretação maravilhosa e hilária de Jason Schwartzman como Jeremy e, claro, Steve Martin não poderia deixar de aparecer - ele interpreta Ray Porter. Como toda adaptação, é claro que o filme possui algumas pequenas diferenças em relação ao que é contado no livro, mas isso não atrapalha em absolutamente nada. A delicadeza é traduzida em sua plenitude para a tela. Sou suspeita para falar da Claire Danes, pois, pra mim, ela nunca se saiu mal em um papel, e conseguiu dar a personalidade em tom exato para Mirabelle. Encerro o post com o trailer do filme, e reforço minha recomendação: Shopgirl é, independente de sua forma, uma obra-prima. 


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Paisagens de uma Memória

Por Aiandra Faria

A diretora municipal de cultura Mara Porto, está com um trabalho exposto no Museu de Patos de Minas. A exposição “Paisagem de uma Memória” mostra fotografias que relatam lembranças da artista e também fazem um apelo a preservação ambiental. A ideia partiu das incontáveis memórias da artista, que voltou ao passado e resolveu expor, através de fotografias, um pouco do que já viveu. O trabalho também mostra fotos de cortes de tronco de árvores, uma maneira que encontrou para alertar sobre o desmatamento. Através da exposição Mara pode relembrar locais onde viveu na infância e que trazem boas lembranças.

Varanda Cultural: por que você escolheu esse título para a exposição?
Mara Porto: o Título da Exposição - Paisagem de uma Memória - indica a relação do meu encontro com as reminiscências do meu passado, a criação deste título vai ao encontro de uma passagem limiar das paisagens da natureza com a minha memória da infância.




Varanda Cultural: qual é a ideia da exposição? De onde partiu?
Mara Porto: a ideia desse trabalho consiste em realizar uma pesquisa do meu processo pessoal de criação nas artes visuais; o interesse pela vertente da pesquisa em arte que não descarta o resultado, mas que dá ao processo uma ênfase maior sempre foi de extrema importância para a minha pesquisa. Desta maneira desloco-me para a fazenda de minha avó, a 73km de Patos de Minas/MG, para vivenciar a pesquisa em busca de memórias afetivas de minha infância, de encontros com lugares de fluxos, de intensidades contínuas, de vivências, de conjunções entre natureza e criação.
Uma bata utilizada em meu batismo foi colocada em um cabide e disposta em lugares que rememorassem a minha infância (estes lugares são espaços que vivenciei quando era criança). Através desta intervenção passei por espaços, situações e assim pude criar novas paisagens que se desdobraram através da minha memória; desta maneira o trabalho resultou em uma instalação fotográfica e fonográfica que mostra minha relação com a natureza desde a infância; a localização geográfica da fazenda foi gravada por um GPS - Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global) - mostrando o desenho do percurso percorrido, o áudio registrou os sons dos lugares e as fotografias foram expostas juntamente com a bata.

Varanda Cultural: como é abordado o tema do meio ambiente em seus trabalhos. Por quê?
Mara Porto: a abordagem do tema ambiental na arte está em sintonia com importantes circunstâncias atuais da arte e temas sociais contemporâneos. As ilhas de paisagens naturais dentro do perímetro urbano têm sido cada vez mais delimitadas; a transgressão da natureza em meio à confusão urbana movimenta uma sobrevivência dilacerada e realiza um "milagre" de adaptação, frente às condições adversas que são encontradas.
A produção atual de trabalhos contextualizados na arte ambiental (uma vertente artística que surgiu através da arte contemporânea) pode gerar reflexões e indagações socialmente importantes para a tomada de consciência e mobilização em torno das situações presentes e crescentes na sociedade, em relação ao meio socioambiental e artístico.
A presença intrínseca da natureza em meus trabalhos tem o interesse, de aproximar, em minha pesquisa, questões relacionadas à natureza. Do mesmo modo, o interesse pela pesquisa na vertente em arte ambiental se dá também por acreditar que os artistas que trabalham com o meio ambiente em suas criações, não têm a pretensão de se expressarem somente como indivíduos, como artistas, mas sim como partes de uma unidade maior, ou seja, trabalhos que refletem uma consciência social, interligada em propor uma mensagem direcionada à sociedade em geral e que pretendem aproximar a arte, a estética e a natureza à vida cotidiana.
Estes trabalhos realizados ao ar livre, fora da cidade, buscam uma espécie de espaço ideal de existência, “um pós-paraíso dessacralizado, palco de eventos de ação e movimento, onde as encenações nunca se repetirão – lugar sem retorno, efetivação de puras singularidades sem volta.” (BALTAR, 2010, 75).

Varanda Cultural: o que as pessoas podem conferir durante a exposição?
Mara Porto: o resultado final deste trabalho se encontra no Museu de Patos e pode ser visto como resultado da exposição - imagens fotográficas, bem como o som dos lugares fotografados, e fotografias e serigrafias de troncos de árvores.
Para quem deseja conhecer o trabalho, a exposição está aberta para toda população. No Museu de Patos. Ela foi prorrogada e ficará aberta ao público até dia 06 de outubro – os horários de funcionamento são: segunda a sexta, de 12h às 18h, e sábado, de 18h âs 21h.

Mara Porto é graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia; Pós-graduada em Gestão Cultural; atualmente trabalha como Diretora de Cultura na Secretaria de Cultura de Patos de Minas e como Professora de Dança Contemporânea da Academia Adriane Gonçalves no Núcleo de Pesquisa em Dança Contemporânea.






Conheça o Festival Marreco


Por Clarissa Patrício / Entrevista: Géssika Vieira

O Festival Marreco é um evento que tem como objetivo evidenciar todo e qualquer tipo de expressão artística em Patos de Minas e região. A edição deste ano aconteceu no Mocambo, no período de 29 de agosto a 02 de setembro, e contou com a presença de centenas de pessoas que foram prestigiar todas as atrações oferecidas pelo Festival.


Com a organização do Coletivo Peleja e do Circuito Fora do Eixo, o Festival Marreco promove a disseminação da arte em todas as suas formas, exaltando sempre a liberdade e a diversidade. O Blog Varanda Cultural conversou Ciro Nunes, que faz parte do planejamento do Coletivo Peleja e é baterista da banda Vandaluz, a respeito do que é o Festival Marreco e como ele é organizado.




Confira o nosso bate-papo!

Varanda Cultural: o que é o Festival Marreco?
Ciro: a intenção do Festival é promover um evento no qual exista espaço para debate, formulação de ideias, mostra de trabalhos autorais e desenvolvimento de ações. O Festival preocupa-se em ser impulso, plataforma de lançamento de quaisquer expressões artísticas, principalmente, de estilos musicais, com total e ampla liberdade de manifesto. Procurando eliminar o estigma de que quando se gosta de um estilo os demais são considerados ruins ou sem valor, Monocultura, que só desgastam e empobrecem tanto a terra como a criatividade. JUNTOS SOMOS UM.
O Festival Marreco faz parte do Circuito Mineiro de Festivais Independentes, que promove a circulação de bandas e agentes da cadeia produtiva da música em várias cidades de Minas, difundindo a rede que vem sendo sedimentada pelo Circuito Fora do Eixo, contribuindo para a formação de um público extenso, crítico e aberto a novas formas de expressão cultural.

Varanda Cultural: qual é o objetivo do Festival Marreco?
Ciro: Intercâmbio Cultural, estímulo a criação autoral, espaço de discussão formulação de idéias, espaço de mostra artística de diferentes áreas...

Varanda Cultural: como e por quem ele é organizado?
Ciro: é organizado pelo Coletivo Peleja e pelo Circuito Fora do Eixo, graças à rede que foi consolidada através de 5 anos de trabalho e pesquisa,  pautando-se sobretudo no contato direto com produtores de outros estados, por meio de uma rede de informações e sob uma lógica da união de pequenos em prol de grandes ações.

Varanda Cultural: há apoio da Prefeitura Municipal de Patos de Minas?
Ciro: sim. A prefeitura dá apoio com prestação de serviços, tais como limpeza, alvará, empréstimo de mão de obra.

Varanda Cultural: quais são as parcerias com que o Festival conta?
Ciro: Temos várias parcerias agregadas, desde produtores independentes, a empresas consolidadas tais como HZ Hotel, Alecrim Restaurante e Conexão Vivo.

Varanda Cultural: qual foi o retorno do público no que diz respeito à realização do Festival?
Ciro: foi ótimo, a cada ano que passa o Festival amadurece e o público também. Este ano cerca de 5 mil pessoas circularam pelo Festival.

Varanda Cultural: por que o Festival se chama "Marreco"?
Ciro: é uma alusão ao nome de Patos de Minas.

Varanda Cultural: Há alguma novidade já formulada para o próximo Festival?
Ciro: ainda não, estamos na pós-produção e fechamento desta ultima edição.


Ciro Nunes nos informou também que a próxima edição do Festival Marreco ocorrerá em setembro de 2013! Aguardem!