quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Malditamente belo!

por Clarissa Patrício


“Os Belos e Malditos” é o segundo romance de F. Scott Fitzgerald, autor de obras consagradas como “O Grande Gatsby” e “Suave é a Noite”. De cunho autobiográfico, Fitzgerald procurou retratar de forma fiel a crise pela qual seu casamento passava e a realidade em que acabou vivendo durante esse tempo, em especial a decadência psicológica de sua esposa Inicialmente a narrativa cria um ligeiro desânimo no leitor. Porém, a partir da metade, o rumo da história se torna enérgico. É impossível não se sentir conectado aos protagonistas, Anthony e Gloria. Um casal feliz à vista de todos, porém que passa por angústias e desentendimentos de profundo cunho emocional – cada um tem problemas diferentes, mas que andam juntos, causando sofrimento mútuo.


Esta história é, afinal, o retrato dos bastidores de boa parte dos casais bem apessoados que conhecemos. É a dura realidade da propensa aristocracia, tão desprezível e digna de pena, mas que ainda encontra forças para continuar erguida numa sociedade de costumes e crenças deploráveis, e que mesmo reconhecendo tais defeitos, recusa-se a evoluir. É a queda do “American Dream”. Não precisamos ir longe para encontrar casais, e mesmo pessoas solteiras, como as que foram descritas nesse livro. Talvez uma longa avaliação interior também possa lhe revelar uma ou outra semelhança a eles... Fitzgerald e sua incrível maneira de fazer um raio-x de nós, meros mortais. Brilhante.


Sobre o autor: Francis Scott Fitzgerald (24 de setembro de 1896, Saint Paul, Minnesota - 21 de dezembro de 1940, Hollywood) foi um escritor americano. Fitzgerald é considerado um dos maiores escritores americanos do século XX. Suas histórias, reunidas sob o título Contos da Era do Jazz, refletiam o estado de espírito da época. Foi um dos escritores da chamada "geração perdida" da literatura americana.


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